O que fazia muita falta, agora em excesso, acabou se tornando um problema. Refiro-me ao pouco tempo que geralmente temos para a família devido, majoritariamente, às imposições profissionais. Com o isolamento social imposto na maioria dos estados (atualmente sendo aos poucos flexibilizado) estamos trabalhando em home-office e com isso, tendo muito tempo ao lado de nossa família. Essa nova ordem de convivência social, de consumo, de trabalho, de modelo familiar, de ganhos mais modestos, decorrentes de uma revolução provocada pelo inimigo invisível Covid-19, alterou significadamente as relações familiares.
Não existe uma fórmula de convivência que funcione para todos e desconfie de quem tente vender uma solução mágica e genérica para questões complexas. De fato, a única variável que podemos aconselhar de forma geral é o exercício maior da tolerância pois com problemas financeiros e o estresse do confinamento é normal os ânimos estrarem mais a flor da pele. Brigas são comuns entre os casais, entretanto, o que não deve ser permitido sob nenhuma hipótese é o uso da violência física (ou mesmo psicológica) por nenhuma das partes. Dependendo do caso, as autoridades competentes devem ser acionadas rapidamente e medidas protetivas adotadas objetivando-se resguardar a integridade da pessoa que se apresenta como vítima. Busque sempre o aconselhamento de profissional habilitado, especializado na área de família, para que seja assegurado que todas as ações adotadas sejam as melhores aplicáveis ao caso concreto.